Relações interpessoais: comunicar bem é essencial para solucionar situações de contrariedade.
@Secovi-PE - 15/12/2023
![](https://secovi-pe.com.br/arqConteudo/arqNoticias/Relacoes_interpessoais.jpg)
No cenário das relações humanas, onde uma rica tapeçaria de personalidades se entrelaça, uma figura se destaca: aquele que se recusa a aceitar ser contrariado. Em um condomínio, enquanto ecossistema social, é comum o síndico ou administrador se deparar com esse comportamento desafiador nas relações interpessoais que se desenvolvem. Sob a perspectiva do Mestre em Direito e Gestão de Conflitos, Alessander Mendes, o Secovi-PE entrega um conteúdo com a tarefa de auxiliar líderes e gestores nesta jornada, oferecendo estratégias fundamentadas para lidar com a inaceitabilidade e a contrariedade.
Com o objetivo de guiar síndicos, administradores, gestores, e por que não, todos as pessoas que vivenciam o ambiente condominial, por caminhos que favorecem o entendimento mútuo e fortalecem os alicerces de relações mais saudáveis, abordamos pontos destacados por Alessander Mendes, durante a sua participação no III Congresso de Gestão Condominial promovido pelo Secovi-PE.
De acordo com ele, em suas pesquisas sobre a origem dos conflitos, chegou-se em três fatores. O primeiro fator, sobre à origem dos conflitos familiares, está ligado à comunicação. Para Alessander Mendes, esse é um ponto crucial: a comunicação, origem de quase 90% dos conflitos. “O conflito entre você e a pessoa que você escolheu conviver. O conflito entre você e o seu síndico, o conflito entre o síndico e os condôminos, o síndico e os funcionários do condomínio e todo esse universo que cerca as relações condominiais é a comunicação”, aponta. “Quando ela não é bem-feita, gera vários ruídos, e os ruídos geram interpretações e essas interpretações geração criações, e essas criações terminam construindo relações de adversidade, e aí vem o conflito”, explica.
“No primeiro momento, ele é sutil. É um conflito de “não gosto de você”, até o segundo momento, que é o conflito em que “eu não gosto de você e não quero você perto de mim”. E o terceiro momento, é quando você está perto de mim e a comunicação é desrespeitosa e aí sim, chegamos ao ápice da relação do conflito: quando se torna físico, o que nós infelizmente estamos vivenciando também nas relações condominiais”, lamenta.
Para evitar isso, Alessander Mendes defende ser importante a compreensão de que saber se comunicar é fundamental. “Dentro da nossa pesquisa, que vai te ajudar a se comunicar bem, a primeira regra é você precisa se conhecer. Quem é você? O que é que você gosta, o que é que você suporta? Quais são suas alegrias, as suas tristezas, o que que na verdade produz gatilhos que logo, logo você se revolta?”, fala, alertando que a pessoa precisa se conhecer, saber os seus limites, saber o que você suporta, saber até onde pode ir sem perder exatamente o equilíbrio emocional nas relações interpessoais.
A segunda regra é conhecer o receptador daquela sua informação. “Se eu sou o emissor, alguém vai receber essa mensagem. Eu preciso conhecer quem ele é, qual é a estrutura intelectual dele, o que ele faz, o que ele gosta, onde ele mora, porque todo emissor emite uma mensagem a esse receptor, e essa mensagem ela vai por vários canais. Ela pode ir por WhatsApp, por telefone, por vídeo, por carta, por tudo. Mas você não pode esquecer que a mensagem é levada e ela tem um código, que ele é interpretado quando o emissor e o receptor estão conjugados”, comenta. Quando não há um domínio mútuo da linguagem utilizada, o receptador não vai entender. “É aí onde aparece um grande inimigo da comunicação: o ruído. Esse ruído vem, produz uma interpretação louca e isso vai repassando a outras pessoas”, considera.
A terceira regra é o respeito. “Você precisa entender que aquela pessoa que está recebendo a mensagem não é obrigada a concordar com você. Você tem que entender que ela tem opiniões, sentimentos. Ela tem visões sociais, filosóficas, religiosas e somente quando a gente consegue entender o outro, compreendendo nas suas características e nas suas intelectualidades, vai conseguir se comunicar bem”, diz. “É, na verdade, quando a relação começa a ser amistosa”, completa. “Se conheça, conheça o outro, e conheça a mensagem que você está mandando”, finaliza.
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